O custo do assistencialismo para o Brasil

O assistencialismo brasileiro custa caro aos cofres públicos e seus resultados são insatisfatórios.

Nem me venham falar de Bolsa Família, um programa necessário no curto prazo, mas de implantação incompleta e que gera resultados nefastos no longo prazo como parasitismo, voto de cabresto e manutenção de uma base eleitoral burra e alienada, devido a não aliarem o programa ao sistema de voucher para a educação e ao corte de impostos e desburocratização para atrair empresas para as regiões mais necessitadas, gerando empregos e renda.

Além dele (muito além) temos programas “sociais” para moradia com inadimplência 400% maior que no setor privado, previdência pública falida e um benefício ao trabalhador desempregado que é confundido com um direito.

O mais importante ressaltar é que todo esse assistencialismo tem um custo (bem alto) e é pago com o dinheiro dos contribuintes. Veja qual o custo na tabela abaixo:

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Sim, o custo do assistencialismo brasileiro ultrapassa os R$450 bilhões. Sabendo que descontados os juros, amortizações, refinanciamento e rolagem da dívida interna pública, as inversões financeiras e os gastos com pessoal, o orçamento disponível para investimentos diretos do Governo Federal é de R$701.232.724.334,00, logo, o assistencialismo custa aproximadamente 64,62% do orçamento disponível. Ou seja, para Educação, Saúde, Defesa Nacional e outros setores sobram 35,38% para dividir entre todos.

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O assistencialismo é pago com o dinheiro dos impostos (roubado) dos trabalhadores brasileiros, que em troca recebem serviços públicos sem qualidade alguma. Se o assistencialismo realmente tirasse as pessoas da miséria e incentivasse o desenvolvimento social e econômico, veríamos o país crescer em ritmo acelerado enquanto o próprio assistencialismo diminuiria gradualmente em consequência de seus efeitos positivos.

Como tais efeitos não são reais, o que vemos é o Estado babá e assistencialista aumentar, gastar mais e a economia oscilar, prova disso é o aumento diário de “beneficiários” sem “reposição” através de outros melhorando de vida e saindo dos programas na mesma proporção. Também posso citar o retrocesso do PIB no terceiro trimestre de 2013 em 0,5%, uma taxa semelhante à de países em crise.

Ao invés do governo imitar a atuação sueca na economia, com desregulamentações e cortes de impostos, está imitando justamente o que quase a levou ao colapso e causa hoje problemas sociais no país, como os recentes incidentes envolvendo imigrantes e parasitas vivendo do dinheiro dos contribuintes, sem gerar riqueza alguma.

Mas o pior é saber que o assistencialismo “apenas” piora a situação, pois mesmo com o fim deste, não há melhoras consideráveis nos serviços públicos se não houver incentivos à iniciativa privada para ser acessível aos brasileiros e suprir a maioria da demanda. É simples, o serviço público é gratuito, porém possui oferta limitada. Acontece que essa gratuidade gera uma demanda “infinita”, se a demanda é maior que a oferta (neste caso, infinita x limitada) haverá escassez, gerando prejuízos aos cidadãos como consumidores, como atrasos, erros, má qualidade e precariedade e como contribuintes devido ao alto custo com benefício próximo à zero.

Qual a solução? Bem, tenho apontado em meus artigos no Blog desde sua fundação, em setembro deste ano. Mas farei isso novamente e individualmente com cada assunto, desde Previdência e Seguro-Desemprego até Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Fique atento(a), acompanhe(m) as próximas postagens.

Por Roberto Lacerda Barricelli

Fontes:

Portal da Transparência do Governo Federal – http://www.portaltransparencia.gov.br/

Senado Federal – http://www.senado.gov.br/

Portal do Orçamento – http://www12.senado.gov.br/orcamento/loa

Execução da LOA 2013 – http://www8a.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=2619489

Exame – http://exame.abril.com.br/economia/noticias/pib-cai-0-5-no-3o-trimestre-em-relacao-ao-anterior

Instituto Ludwig von Mises Brasil – http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1609

9 Comentários

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9 Respostas para “O custo do assistencialismo para o Brasil

  1. Jorge CMoreira

    Aposentados e pensionistas do INSS,com mais de 1 SM, contribuiram por mais de 30 anos ou mais, às vezes pelo teto.Desculpe-me mas não é assistencialismo.São os unicos que não dão prejuizos a Previdencia social.Agora a mesma coisa não acontece com os servidores públicos, militares,e até o pessoal das economias mistas, que tem isonomia salarial ao da ativa.Esses sim ,causam deficit – o que o governo recolhe e muito inferior ao que paga…não esquecendo aquelas confrarias de mães solteiras, e escolhia uma filha para não casar, mas parir uma menina para a continuidade da pensão-herança de filhas de militares e servidores publicos.

    • A Previdência Social utiliza um formato de piramide e transferência de renda, alem de estar ligada a assistência social, logo, faz parte do assistencialismo governamental. A Previdência Privada utiliza um formato de geração de riqueza e repartir os lucros, logo, é um serviço. Basta estudar a definição de assistencialismo.

  2. Pedro Pinto

    Roberto, primeiramente gostaria de afirmar que há sim um rombo enorme na previdência, que há casos de improbidade na utilização de recursos assistenciais e que, infelizmente, nossos serviços estão aquém dos de um país realmente desenvolvido. No entanto, gostaria também de fazer ressalvas e algumas perguntas.
    O estado É em sua essência uma instituição assistencial e não devia ser diferente. Mesmo que seja custoso e,por vezes, inócuo, a assistência é sim necessária pelo simples motivo de que, em uma sociedade organizada, nem todos os partícipes tem as mesmas oportunidades, mentalidades ou características. É ultrapassada a visão de que o estado deve garantir somente isonomia jurídica; este não pode prescindir da busca pela igualdade social. Reducionista de sua parte afirmar que a economia não anda devido ao assistencialismo: a economia cresce sim por conta da distribuição de renda, mas as variações do PIB não são só influenciadas por isso . O dinheiro dos impostos não é “roubado” devido ao assistencialismo e sim à corrupção, que, aliás, se eliminada, terminaria com o rombo social. Os investimentos restantes do PIB, os que “sobram” do assistencialismo estão ACIMA dos países desenvolvidos, o problema é a gestão desses recursos. Não se mostre radical só porque sua ideologia é neoliberal.

    Agora vamos às perguntas: Você frequenta favelas e frequentava antes do bolsa família e o minha casa minha vida? Já foi no Sertão Nordestino antes e depois da implantação dos serviços técnicos e do projeto de cisternas? Anda na periferia, ou andava depois dos PAC’s? Desculpe jornalista, mas, como dizem os populares, só sabe quem vive.

    • Pedro.

      1 – Sim, eu andei por todos esses lugares e ainda ando.

      2 – O Estado não foi criado como uma entidade assistencialista

      3 – Minha ideologia não é “neoliberal”. Sou adepto do Liberalismo, não do Neoliberalismo que de liberal não tem nada. Recomendo que estude sobre uma pessoa e ideologias antes de tentar definir qual a dela.

      4 – “Só” 0,5% dos “gastos públicos” são desviados via corrupção, enquanto foram gastos mais de 400 bilhões com assistencialismo só em 2013. Novamente, recomendo estudar antes de falar ou escrever.

      5 – Quem estuda também sabe e muitas vezes percebe melhor do que quem vive, do contrário não existiriam diversas ciências humanas como filosofia, sociologia e psicologia.

      6 – A economia não cresce de acordo com a distribuição de renda, foi comprovado em 2013 por estudo do IPEA que a distribuição de renda tem parcela ínfima do PIB. Novamente, estudar é preciso.

      7 – Os países mais desenvolvidos estão cortando o assistencialismo desde o começo dos anos 90, pois quase entraram em colapso devido Estados assistencialistas gigantescos entre 1950 e 1991, são os casos de Noruega, Dinamarca e Suécia (principalmente).

      8 – Nem todas as pessoas são iguais, por isto existe o indivíduo, cabendo somente a este o rumo da própria vida.

      9 – Não é uma questão de TER oportunidades, mas de FAZER as próprias oportunidades. Não há programa social que tenha resultados melhores que o emprego, o esforço próprio. Quem deseja ter uma vida confortável ou no mínimo sobreviver precisa trabalhar por isso dentro da capacidade que possui. Não é correto os indivíduos que trabalham serem responsabilizados pelo sustento daqueles que não trabalham por “justiça social”. Tomar de quem se esforça diariamente para gerar riqueza e distribuir a quem não o faz sem pedir que comece a fazê-lo é recompensar a “vagabundice” e o parasitismo.

      10 – A desigualdade é relativa. Se eu ganho 1 mil e você 1.001 já há desigualdade. O que mata é a miséria e esta é reduzida exponencialmente quando os indivíduos deixam de estimular o parasitismo social e exigem que os demais trabalhem duro. Quando metade das pessoas percebe que trabalha para sustentar outra metade que não faz nada, há o desestímulo ao trabalho destes primeiros e o início do fim da sociedade.

      11 – Não tenho culpa pela miséria alheia. Pobreza não é desculpa para parasitismo. Conheço, e continuo sempre a conhecer mais, diversos pobres, principalmente moradores de rua, que trabalham como carroceiros, faxineiras (os), aparando grama, recolhendo entulho, em cooperativas, telemarketing, atendentes, etc, e que estão trilhando o caminho de uma vida melhor através do próprio esforço e mérito, adquirindo experiência, produzindo riqueza e investindo em si mesmos. Não a toa um dos maiores distribuidores de chapas de aço de São Paulo começou como carroceiro nos anos 80 (conheço-o) e quando ficou doente (Alzheimer) os filhos (educados nas melhores escolas) perderam tudo que o pai (amigo do meu pai e meu) levou uma vida para construir sem ajuda nenhuma do Estado.

      12 – Quer fazer caridade? Ok, faça-a com o seu dinheiro, mas não venha impor o mesmo aos demais, pois isso é autoritarismo seguido do extorsão.

      13 – Jamais será legítimo que indivíduos trabalhadores sejam obrigados a sustentar outros que não colaboram em nada com a geração de riqueza apenas por que os segundos são pobres e/ou estão em situação difícil. Todo indivíduo tem algo para oferecer como força de trabalho, seja recolhendo latinhas, papelão e entulho, vendendo doces nos trens e/ou nos semáforos, ou fazendo trabalhos domésticos para outros. Trabalhar jamais pode ser considerado motivo de vergonha. Viver do trabalho dos outros não é motivo de orgulho.

  3. Parabéns, obrigado por seu ótimo blog

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